segunda-feira, 17 de março de 2014

Quarto: o desafio

Meu quarto estava uma zona. Talvez zona era pouco ainda. Estava realmente revirado.
Meias em tudo quanto é lugar, roupas pelo chão, roupas empilhadas numa mesa, roupas empilhadas numa mala. Livros na mesa, livros no chão, livros no criado mudo, livros nas gavetas do criado mudo, livros em todas as repartições do guarda roupa. Comprovantes e mais comprovantes de compras que antes estavam nos bolsos dos shorts.
Enfim, uma verdadeira zona de guerra.
E estava assim faz um tempo.
Não gosto que as pessoas entrem no meu quarto. Se eu estou dentro dele, até vai. Mas não rola. Quando morei fora em republicas, a unica coisa que eu tinha que era meu e só meu, era o quarto. Inteiro mesmo, onde eu fazia o que me dava na telha. Dividi quarto apenas uma vez e por pouco
tempo. Morei em kitnet também, mas como era kitnet, podemos considerar ela inteira como meu quarto.
E então voltei pra Venceslau. Não era o que eu queria, o que eu tinha em mente. Mas não tinha muita
alternativa.
E embora minha mãe tivesse arrumado um quarto pra mim, sem dividir com ninguém, não sentia que aquilo era exatamente meu quarto.
Tinha minhas coisas, coisas da minha irmã, coisas que eu nem sabia o motivo de estarem lá e nem de quem era.
E bem, faxina geral: tô nessa de emagrecer, marquei médico de tudo quanto é coisa, marquei psicóloga, tô indo num curso do centro espírita. Faltava o quarto.
Deu trabalho, fiquei quase duas horas lá: tira tudo do guarda roupa, separa o que é da minha irmã em caixas, tira tudo de cima do guarda roupa, do criado mudo, joga em cima da cama, separa o que vai pro lixo, separa o que vai para o quarto de bagunça e por aí vai.
Ainda mudei os móveis de lugar: cama, criado mudo e mesa.
E lógico, como sempre, tive uma mãozinha. Dizem que quem tem amigos, vai longe. (acrescentar aqui
família também)
Minha irmã, dona Bel, saiu com o martelo em mãos pregando tudo o que precisava: quadro, quadro de fotos, discos na porta, pregos no guarda roupa... E ainda arrumou meus perfumes, cremes, caixinhas, essas coisas miúdas.
E minha tia Márcia, que deu uns cinco minutos nela e varreu toda a zona pra fora do meu quarto.
Para as duas, muito obrigada.
E agora está algo habitável. Dá pra falar que é um quarto, o meu quarto.
Antes, eu entrava só pra dormir. E ainda dormia mal pra caramba.
Não dá pra arrumar o corpo, a mente e a fé e deixar o ambiente, o meu ambiente, só meu, todo zoneado.
Minhas roupas estão dobradas, em pilhas, separadas por utilidade: shorts e blusas.
Meias e roupas íntimas na primeira gaveta, cachecol na segunda, roupas de frio na terceira. Sapatos em uma divisória, edredons na outra, vestido pendurado. Livros em um canto, latas e caixinhas no outro. Ufa.
E agora vem o grande desafio: bolão pra ver quanto tempo dura arrumado!
Apostas via facebook in box. :p

3 comentários:

  1. É isso aí! Faxina geral, por dentro e por fora! Vou apostar lá no bolão do face! AH... eliminei 0,500Kg essa semana! Uhuuuul!

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  2. Progresso a todo vapor! Quarto arrumado= mente organizada. Uma faxina, que parece algo tão simples, tem um conteúdo emocional muito forte mesmo. Algumas pessoas preferem começar por dentro e outras por fora. A ordem dos fatores não altera o produto. Este sim, será a sua grande vitória! A primeira de muitas que virão. Parabéns, parabéns e parabéns!!!!!

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  3. Nossa, uma verdadeira revolução!!!! Ca e Mari já disseram tudo! bjsssss

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